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Os melhores do ano

No dia 22 de fevereiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas irá definir os grandes campeões do Oscar 2016 e é obvio que quando os melhores do ano são definidos, é importante prestar atenção.

Por isso, assistimos os oito filmes que concorrem à categoria principal e fizemos uma análise dos pontos positivos e negativos para que você possa entendê-los melhor. Bom filme!

A Grande Aposta (The Big Short)

A Grande Aposta é um dos melhores filmes da categoria e ainda apresenta um elenco composto por Brad Pitt, Christian Bale, Ryan Gosling e Steve Carell. O enredo narra uma história assustadora sobre a crise imobiliária de 2008, mas com tom cômico e divertido muito bem equilibrado.

O filme discorre sobre a vida de um grupo pouco ajustado socialmente no alto escalão de  Wall Street que conseguiu notar a bolha imobiliária antes mesmo dela estourar. A maior qualidade da obra é focar na ganância e egocentrismo do mercado financeiro, que não se importa com o bem de ninguém, mas apenas com lucros.

Em contrapartida, o filme peca um pouco ao dar o plano geral da crise de forma simplista. Afinal, diversos países do mundo tiveram mais perdas do que o próprio Estados Unidos.

O Regressso (The Revenant)

O Regresso conta com altíssima qualidade técnica, marca do diretor Alejandro Iñárritu. Tal qualidade, reflete-se nas longas cenas sem cortes e em diferentes planos, que recorrentemente passam a impressão de intensidade, prendendo a atenção do público.

O enredo conta a vida do explorador Hugh Glass, interpretado por Leonardo Di Caprio, que é abandonado pelos parceiros depois de ter sofrido o ataque de um urso. Além disso, ele tem o filho brutalmente assassinado, mas busca forças para sobreviver com o objetivo de vingança.

Apesar da qualidade técnica, é impossível não perceber a falta de objetivo do filme. São quase três horas de uma história que fica no desequilíbrio entre a simbologia homem-natureza e a vingança. Em síntese, as repetitivas “quase-mortes” de Glass acabam tornando-se um pouco cansativas.

Brooklyn

Filme sensível e sútil traz à categoria a história de uma imigrante irlandesa que parte para Nova York em plena efervescente década de 1950. A protagonista, Saoirse Ronan, leva o filme de forma brilhante, mantendo o equilíbrio da trama sem dramas desnecessários.

Brooklyn tem um enredo com andamento natural, sem excessos, que talvez possa surpreender o grande público. Não existem explosões ou exageros de nenhuma parte.

Mad Max – Estrada da Fúria (Mad Max – Furry Road)

Mad Max – Estrada da Fúria entrou na lista, essencialmente, por sua qualidade técnica e grande popularidade. A obra do diretor George Miller lembra um pouco a posição de Avatar alguns anos atrás.

Indiscultivelmente, Miller estreou um novo nível de filmes de ação. As imagens fortes promovem no telespectador uma verdadeira imersão na trama. A ironia é que esse excesso também é o ponto negativo, afinal, as explosões acabam tornando-se a única coisa memorável na história.

Ponte dos Espiões (Bridge of Spies)

O bem-comportado Ponte dos Espiões figura na lista quase imperceptível. A produção de Steven Spielberg entrega ao público o jogo de espiões que acontecia durante a Guerra Fria.

Por uma vertente, é possível entreter-se com o filme e com a acertada construção feita para a história. Todavia, dotado de um assunto que supera a expressão clichê, o filme não consegue sair do óbvio e em consequência não consegue transmitir uma mensagem de importância.

O quarto de Jack (Room)

O quarto de Jack consegue a difícil façanha de manter em suspensa e emocionar o público sem cenas exageradas. O enredo volta-se a vida de uma mulher, apresentada apenas como “Mom/Joy”, interpretada por Brie Larson, que foi sequestrada ainda adolescente e é mantida como refém sexual por anos.

Determinada a fugir do cativeiro, ela conta com a ajuda do filho, chamado Jack, fruto do estupro que ela sofre. O menino é criado exclusivamente no quarto em cativeiro. A grande sacada do filme é o fato da história ser desenvolvida por meio da perspectiva do pequeno Jack, com isso toda monstruosidade da situação é harmonizada com a inocência do garotinho.

Spotlight: Segredos Revelados (Spotlight)

Figurado como um filme especialmente intimista, Spotlight disserta sobre a investigação jornalística de um dos maiores escândalos de pedofilia dentro da igreja católica. A história sai do senso comum, que envolve a profissão do jornalismo, e prefere tratar o enredo de forma mais realística.

Spotlight: Segredos Revelados é construído de forma muito precisa, ou seja, o enredo não se perde em nenhum momento e é desenvolvida ascendentemente até o fim. O que talvez não seja tão comum ao grande público é a falta de um clímax chocante. Mesmo assim, é importante perceber que tal posição entra em acordo com o fato da história real até hoje não ter sido concluída de maneira eficaz.

Perdido em Marte (The Martian)

Do renomado diretor Ridley Scott, Perdido em Marte não tem uma proposta muito inédita, porém consegue prender a atenção do telespectador de forma satisfatória. O enredo é simples: o astronauta e botânico, Mark Watney, participa de uma missão para explorar Marte quando uma tempestade repentina faz a tripulação fugir e Watney, que é dado como morto, fica sozinho no planeta vermelho.

O filme é repleto de clichês. Todavia, Perdido em Marte consegue algo que pode fazer toda a diferença: o recorrente elogio a ciência. No lugar da clássica postura de soldado, o cientista e sua suposta inteligência são os grandes heróis da tela.

Em síntese, Perdido em Marte retrata uma nova perspectiva dos clássicos papeis de herói e vilão. Perspectiva muito bem-vinda, por sinal.

Arte por Letícia Carvalho

Texto por Ronayre Nunes

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