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Foto do escritorFacto Agência

Mas de onde vem o pop?

Todo mundo consegue reconhecer e associar o nome da Madonna como um dos maiores ícones da cultura pop, mas o que isso quer dizer exatamente? O que é essa tão falada cultura? De onde surgiu? É um gênero musical? É a tal “modinha”?

Para começar, é interessante deixar claro a diferença básica entre os conceitos de cultura popular e o de cultura pop. A primeira se refere a todo tipo de manifestações produzidas pelo povo e que contêm a participação dele. Já a segunda (sendo o pop abreviação para popular) é exatamente tudo aquilo que faz sucesso na atualidade, no agora e conta com grande –ou talvez total– participação dos meios de comunicação.

O pop começou a se moldar a partir do século 20 com o surgimento da indústria cultural (termo utilizado para descrever a produção artística na sociedade capitalista contemporânea). Devido à crescente popularização do rádio, do cinema e dos discos, a aparição de itens feitos para agradar uma maior quantidade de pessoas e, consequentemente, gerar um maior lucro, também começaram a se desenvolver.

Nos anos 50, o rock’n roll e Elvis Presley ganharam protagonismo e se tornaram peças importantes na missão de consolidar a cultura pop. A identificação com um grande número de pessoas (ponto crucial dessa cultura) originou-se com o rock. Assim como a influência sobre o vestuário, os cortes de cabelos, a forma de agir e de pensar que ganharam ineditismo com a figura de Presley. De uma forma geral, as estrelas do cinema e da música se tornaram super expostas na mídia (como no caso de Elvis, que também estrelava filmes). Já a música, o cinema, a moda e a literatura passaram, lentamente, a moldar os jovens.

Os Beatles apareceram nos anos 60 estreando o termo boy band e foram os primeiros a terem uma legião de fãs extremamente dedicados. Com sua grande popularidade, a indústria os utilizou para criação de uma série de produtos (como bottons, álbuns de fotografia e filmes) que resultaram em lucros assombrosos. Na segunda metade da década de 60, a televisão se popularizou, e com isso a cultura pop ganhou mais um capítulo: agora as pessoas viam os ídolos, filmes e tudo aquilo que gostavam. Assim, a identificação tornou-se ainda maior.

Além disso, no final dos anos 60 e durante os anos 70, festivais, como o Woodstock, ganharam suas primeiras edições e juntamente com as novas estrelas do rock (caso de David Bowie e da banda Ramones) deram continuidade ao cenário da cultura pop. Mesmo com um ar mais hippie, a forma de se vestir, cortar o cabelo e se comportar eram amplamente exploradas para que pessoas pudessem criar uma identificação com aquilo.

A partir dos anos 80, a cultura pop configurou-se (quase por completo) da forma como a conhecemos atualmente. Foi a época do lançamento do canal de televisão MTV, da criação de séries que agradavam a todos, da produção em massa de filmes que são conhecidos até hoje e da ascensão de nomes, como Michael Jackson e Cindy Lauper. Nesse formato do pop, tudo é televisionado e atinge a todos de um jeito ou de outro, nos moldando de alguma forma. As notícias não param de chegar e novas adições à cultura pop são recorrentes. Tudo que é lançado pode ser o próximo hit.

É importante não esquecer que, apesar de ter uma história fortemente associada com a música, a cultura pop engloba aquilo que é lançado no agora e agrada uma grande quantidade de pessoas. É o caso de séries (por exemplo, Game of Thrones), filmes (Mulher Maravilha), livros (Extraordinário), jogos (Assassins Creed) e, claro, músicas (Paradinha). Também é válido ressaltar que a cultura pop tem, sobretudo, o papel de entreter e garantir uma conexão entre pessoas que têm interesses em comum e se identificam com aquilo. No fundo, todo mundo é meio pop.

Texto por Vitória Lobo Arte por Andreza Aragão

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