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Foto do escritorFacto Agência

Escutar Justin Bieber pode fazer bem para a sua carreira

Concentração, produtividade e eficácia. Esses termos são normalmente associados a um outro conceito: silêncio. No entanto, estudos desenvolvidos a partir os anos 80  mostraram que, durante a realização de certas tarefas, a música pode ser de extrema ajuda no crescimento da produtividade.

A explicação está no efeito que a música tem no cérebro humano – muito diferente do que em qualquer outro animal já estudado. Ao ouvir sons agradáveis, uma parte do sistema nervoso chamado Núcleo Accumbens comanda a liberação de dopamina, o neurotransmissor químico do prazer (o mesmo que é liberado quando encontramos pessoas de quem gostamos ou comemos nossos pratos preferidos). Por interferir nas sensações de quem escuta, a música apresenta um grande potencial para aumentar a produtividade no trabalho se utilizada da maneira correta.

O que se escuta é muito importante. Músicas clássicas melhoram a habilidade com matemática, enquanto artistas pop como Jesse J e Justin Bieber podem aumentar a velocidade de produção ao realizar tarefas rotineiras. Durante a revisão de textos ou verificação de ortografia, músicas dançantes como as do DJ David Guetta se mostram mais efetivas – melhorando em cerca de 20% a execução das tarefas.

Segundo a pesquisadora da Universidade de Miami Teresa Lesiuk, os resultados da análise de ambiente com e sem música são amplamente distintos. Os índices mostram que o tempo de execução de tarefas é maior quando o espaço está em silêncio, assim como a tensão existente no local de trabalho. Além disso, foram percebidas melhoras no humor dos funcionários e uma percepção mais aguçada ao desenvolver tarefas.

No entanto, é necessário que sejam consideradas diversas variáveis na hora de escolher a melhor música para um ambiente de trabalho. Estudos divulgados na revista Psychology Today acrescentam que nem em todos os casos a produtividade aumenta significativamente quando se escuta musica ao mesmo tempo em que se trabalha. Para um grupo de estudos analisado pela revista, os sons se tornavam uma distração e os obrigava a repetir a tarefa desempenhada.

A relação entre os diversos tipos de música e o rendimento de tarefas no ambiente de trabalho ainda passa por análises e não apresenta fórmulas sem falhas. A eficácia dos estímulos musicais depende também dos hábitos e da capacidade de concentração da pessoa que está produzindo. Apesar de os estudos chegarem a diversos resultados, alguns fatores parecem sempre caminhar para conclusões óbvias: independentemente de qual seja a melhor forma de se trabalhar, a eficiência da produção não deve ser afetada.

Para gerenciar tarefas, tempo e prioridades foram desenvolvidas muitas ferramentas de gestão de equipes – dentre elas, a parceira da Facto Runrun.it. O software online organiza o fluxo de trabalho e define as principais demandas, aumentando a produtividade dos grupos. Se a música certa não te ajuda a produzir mais, a organização de projetos não falha na manutenção da produtividade.

Arte por Raphaele Caixeta

Texto por Carolina Pavan

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