Arte por Bruna de Araujo
Texto por Carolina Pavan
O clichê associado a Confúcio – “escolha um trabalho que você ame e nunca terá que trabalhar um único dia na sua vida” – quase se transformou em uma utopia no século XXI devido a uma realidade altamente estressante e exigente. A busca pela alta produtividade em cenários competitivos ameaça a existência da felicidade no ambiente de trabalho, sendo essencial para as empresas criar um clima organizacional positivo e permitir que seus colaboradores produzam mais e melhor.
Durante a Revolução Industrial, as precárias condições de trabalho e a disponibilidade de mão de obra geravam um espaço em que os funcionários de grandes empresas não possuíam qualquer relevância além de sua força operacional. No entanto, com o desenvolvimento das relações e a formação de uma consciência social estabelecida ao longo dos anos, as empresas que hoje não se preocupam com o bem-estar e com a motivação de seus funcionários ficam para trás.
No ambiente interno de trabalho, as informações trocadas interna ou externamente entre os níveis de gerência e produção devem fazer parte de um ciclo constante e fluido. Os mecanismos de diálogo e interlocução devem ser trabalhados em prol de uma imagem empresarial que corresponda à realidade do meio ambiente e cultural – sem sofismas e mitificações. Segundo o jornalista e pesquisador empresarial Gaudêncio Torquato, o nível de compromisso com os ideais da organização depende da imagem, originalidade, fidelidade e coerência entre discurso e imagem. “É preciso haver identificação entre comunidade e sistema empresarial, porque ninguém – só os loucos e mercenários – se arrisca a lutar por uma causa que não conheça”, afirma.
Atualmente, lidar com pessoas em organizações apresenta uma complexidade muito maior do que há poucos anos atrás. Soma-se a isso a missão de gerir demandas, equipes e tempo em ambientes corporativos e fica fácil perder o controle sobre o que deve ser feito, por quem e para quando – uma vez que as tarefas podem ficar perdidas em múltiplas plataformas. Não é incomum perder mensagens importantes em uma caixa de e-mail lotada ou no inbox do Facebook, e se torna necessário organizar as informações que circulam entre os níveis estratégico, tático e operacional.
As ferramentas que tentam suprir essa demanda normalmente são pouco rígidas e permitem a delegação de tarefas indistintamente ou fazem parte de um sistema pouco maleável que dificulta a compreensão e o acompanhamento. A Runrun.it, parceira da Facto, oferece um serviço de software de fácil acompanhamento que facilita a organização, hierarquia e confidencialidade. Prezando pela gestão de tarefas, tempo e desempenho, o objetivo da ferramenta é aumentar a produtividade. Um dos criadores do software, Franklin Valadares, explica que “o interessante é que o gestor também pode observar o que é de fato possível de ser feito, sem sobrecarregar sua equipe, ver que os recursos são finitos e então decidir como melhor administrá-los.”
Pesquisas indicam que os três maiores problemas enfrentados por organizações no que diz respeito à motivação de seus funcionários são a falta de comunicação clara, a falta de trabalho em equipe e o desalinhamento de objetivos. Em contrapartida, fatores como a necessidade de desafios, acesso compartilhado a informações, sensação de autorrealização e liberdade para tomar decisões criam ambientes que desenvolvem um melhor relacionamento entre as pessoas. Nessa nova realidade, é impossível acreditar em uma eficiência saudável que não esteja alinhada com o sentimento de felicidade e pertencimento do funcionário à sua organização.
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