top of page

A tecnologia que vicia

Por Larissa Matos

Vivemos em um momento tecnológico, que transforma antigos hábitos e cria novos costumes. Um dos principais instrumentos transformadores é a Internet, que engloba inúmeras funções e está presente no cotidiano de muitas pessoas. A possibilidade de fazer parte de diversos mundos, conhecer pessoas diferentes, receber e gerar informação com uma praticidade nunca vista são fatores que geram curiosidade e estimulam a exploração do mundo virtual.

Nos Estados Unidos, 43% dos lares possuem computadores conectados à Internet, o que demonstra que navegar pelo espaço cibernético deixou de ser uma atividade relacionada ao trabalho para se tornar um hábito doméstico. Com a capacidade de aproximar quem está longe e transmitir informações a qualquer momento, a Internet tornou-se extensão do homem. O celular consolidou essa dependência ao facilitar ainda mais o acesso à rede.


Image

O uso exagerado da Internet chama atenção de especialistas e motiva várias pesquisas, como a publicada em abril de 2013 pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Para o estudo, cerca de mil alunos ficaram 24 horas longe da Internet, de celulares e da TV. A pesquisa revelou que 79% deles apresentaram comportamentos estranhos durante o período, como desconforto, confusão de ideias, tendência ao isolamento e uma espécie de coceira pela falta do que tocar. De tão extremos, os comportamentos detectados chegaram a ser comparados com os de dependentes químicos.

Quando não se consegue ficar distante da conexão e os relacionamentos online se tornam mais importantes que os da vida real, revela-se a dependência humana pela Internet. Os problemas mais graves decorrentes do uso excessivo são a dificuldade de distinção entre a vida virtual e a vida real e a opção do dependente por viver no espaço online que o afasta da sociedade e o isola em um mundo próprio.


Image
0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page