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Indústria criativa: como a criatividade interfere na economia dos países

Atualizado: 28 de jun. de 2021

Texto por Amanda Meneses e Tainá Alves


Você sabia que no dia 17 de novembro foi celebrado o dia mundial da criatividade? A habilidade de usar a imaginação para o estímulo de ideias, muitas vezes empreendedoras, é uma das características mais procuradas nos profissionais do futuro.


Você sabe o que é indústria criativa?


As indústrias criativas são empresas com capacidade de utilizar a criatividade para inovar e gerar valor no mercado. Ela envolve o desenvolvimento no segmento, levando em consideração os avanços tecnológicos e a globalização.


Essas inovações abrem uma brecha para novos empreendedores, o que possibilita o ciclo entre a produção de riquezas e mais empregos. Em um cenário que exige cada vez mais inovações, a criatividade tem conquistado ainda mais o seu espaço no mercado.


Na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), foram definidos quatro setores da indústria, consideradas as ocupações criativas:

  • O eixo do patrimônio que inclui expressões culturais tradicionais e sítios culturais, como artesanatos, festivais, museus e bibliotecas;

  • O eixo das artes, o qual engloba artes visuais e artes dramáticas;

  • O eixo da mídia que contém projetos de audiovisual, publicidade e mídia impressa;

  • Por fim, o eixo das criações funcionais que envolve design, novas mídias digitais e serviços criativos de arquitetura, cultura e recreação.

Como surgiram?


Existem muitos fatores que podem explicar o surgimento dessas indústrias. O sociólogo Daniel Bell, em 1973, observou um crescimento no setor de serviços e um aumento das tecnologias de informação em muitos países, características pertencentes ao que ele chamou de sociedade pós-industrial. Nessas sociedades, portanto, o conhecimento e a criatividade tornaram-se imprescindíveis para o mercado.


Uma das justificativas para esse fato foi apresentada pelos cientistas Inglehart e Welzel, em 2005. De acordo com eles, desde o final do século passado, a sociedade iniciou um processo de reconhecimento de valores pós-materialistas (ideias, laços sociais, autoestima e igualdade de oportunidades) em detrimento de valores materialistas como roupas, jóias e dinheiro.


A Austrália e a Inglaterra foram pioneiras ao apoiarem e incentivarem esse setor como estratégia política e econômica logo no início do século XXI.


Assim, as indústrias criativas ganharam uma importância econômica que, hoje, é reconhecida mundialmente, inclusive pela ONU (Organização das Nações Unidas).


Mas o que é a Economia Criativa?


É o setor da economia do qual as indústrias criativas fazem parte. Por ser um termo recente, ainda não existe um conceito único para descrevê-lo. Consiste, porém, no mercado que utiliza o capital intelectual como matéria-prima, ou seja, ideias são a base do que é vendido.


Em 2001, o pesquisador britânico John Howkins escreveu um dos livros mais famosos sobre o tema: Economia Criativa - Como Ganhar Dinheiro Com Ideias Criativas. No livro, Howkins conceitua esse setor econômico como o conjunto de atividades comerciais que dependem principalmente de um conteúdo simbólico. Dessa forma, há uma relação direta entre a economia, a criatividade e o campo simbólico.


Como sair da caixinha está mudando o mundo?


Alguns países do Reino Unido já introduziram o uso da criatividade em seus planos industriais e econômicos. De acordo com os dados, os empregos criativos fora da indústria aumentaram cerca de 2,8 milhões no ano de 2014 e 2,9 milhões em 2015, com um aumento de 5% entre eles.


Os países que já adotaram a técnica criativa tiveram um maior desenvolvimento econômico, com um aumento de 0.4% do ano de 2014 para o ano de 2015. Isso mostra o quanto a criatividade é importante para o desenvolvimento da economia e para o mercado industrial mundial.


Além disso, no ano de 2015, foi constatado por estudos da Ernst & Young, com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que o aumento de US$ 2,25 trilhões da indústria criativa no mercado mundial em 2013, com a somatória de 3% do produto interno bruto (PIB) mundial naquele ano.


E o Brasil?


Oficialmente, o estímulo ao mercado da criatividade apareceu como estratégia para o Governo Federal do Brasil a partir da criação da Secretaria da Economia Criativa, vinculada ao Ministério da Cultura, em 2011. Essa secretaria desenvolveu um plano de 4 anos com o objetivo de formular políticas públicas para promover “o apoio e o fomento aos profissionais e aos micro e pequenos empreendedores criativos brasileiros”. Desde então, o Estado começou a promover programas e incentivos particulares para esse mercado.


De acordo com a pesquisa mais recente de “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, feita pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), em 2017 o PIB Criativo totalizou mais de 171 bilhões de reais, número comparável ao valor de mercado da Samsung, por exemplo. No mesmo ano, o setor empregou formalmente por volta de 837 mil profissionais. Ou seja, 1,8% de toda a mão de obra nacional trabalha na Indústria Criativa.


E aí, o que você acha sobre a indústria criativa agora?


Em resumo, sabemos que com o desenvolvimento da globalização e da tecnologia, também houve um avanço dessa indústria.


Como já mencionado, explorar o imaginativo já está presente em diversas áreas do mercado. Assim, o progresso da indústria criativa permite o surgimento de novas oportunidades de emprego, além de aumentar o desenvolvimento econômico em muitos países.


O mundo já percebeu a importância da criatividade para a economia global. Você vai ficar para trás?


Para enriquecer a sua empresa cada vez mais de novas ideias, acompanhe a maior manada da nação e vamos juntos impulsionar nossa mentalidade criadora!


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