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Transmídia Storytelling: o encontro de diferentes mídias

Por Carolina Castro

Marcas e empresas contam histórias e transmitem mensagens há muitos anos, mas o surgimento de várias mídias e plataformas que podem interagir entre si é algo recente. Com o surgimento dessas várias ferramentas e com a sobrecarga informacional que surgiu através delas, fica cada vez mais difícil conseguir passar uma mensagem para o público-alvo, por isso, é preciso chamar a atenção desse público. Com esse objetivo, foi criado o conceito de Transmídia Storytelling.

As técnicas de Transmídia Storytelling procuram qual história é interessante para uma marca contar e em quais plataformas isso pode acontecer, de maneira que cada uma dessas plataformas contribua com uma parte da história. Henry Jenkis, professor de jornalismo e comunicação na University of Sourthern California foi quem criou o conceito em seu livro “Cultura de Convivência”. O exemplo usado em seu livro para explicar a ideia foi o do filme Matrix, que soube explorar diferentes plataformas (cinema, videogames, animações, desenho animado, entre outros) transmitindo a história de maneira adequada para cada uma delas.

A coordenadora de MBA de Marketing da HSM Educação alerta que não é tão fácil utilizar a técnica de Transmídia Storytelling, já que ela requer habilidades muito específicas, e que, dentro do marketing, os valores da marca precisam estar contidos nessa história. Hoje em dia, as marcas que não acham valores para alinhar com o seu consumidor são marcas vazias, e é importante conseguir dominar as mais variadas plataformas.

Para trabalhar com Transmídia Storytelling é preciso entender sobre narrativa, marketing, design e tecnologia. Se uma marca quiser transmitir uma mensagem pelo celular, ela vai trabalhar para produzir uma peça que utilize as características dessa ferramenta (e que seja diferente das outras mídias) e que contribua para a história como um todo. Ao contrário do que muitos pensam, o que mais faz a diferença quando se usa as técnicas de Transmídia Storytelling não são as plataformas utilizadas, e sim a história que irá ser contada, já que ela é o grande diferencial da marca.

A previsão para o futuro do Transmídia Storytelling, feita por Jeff Gomez, produtor renomado de transmídia e conhecido por cases como os dos filmes Avatar e Piratas do Caribe, além da Fábrica da felicidade Coca-Cola, é que a interação e a identificação do público com a marca através das plataformas será cada vez maior, gerando uma lealdade maior à marca.

Um case interessante de Transmídia Storytelling é o do site de busca Bing que queria aumentar o uso dos seus mapas pelo público jovem. Para isso, seria necessário chamar a atenção dos jovens, foi aí que surgiu a ideia de realizar uma parceria com o cantor Jay-Z que iria lançar sua biografia.

Foram espalhadas pelo mundo páginas da biografia, um mês antes do lançamento do livro. Cada página foi colocada em um local que se relacionava com a história que estava sendo contada naquele trecho. Enquanto isso, foi criado pela Bing um jogo online que levava os fãs a cada página espalhada pelo mundo. Dicas sobre a localização das páginas eram publicadas diariamente no Facebook, Twitter e rádio. Os fãs decifravam as dicas e procuravam a localização nos mapas virtuais da Bing, arquivando online as páginas encontradas. Dessa forma os fãs que jogassem conseguiriam, no final da campanha, adquirir o livro completo de maneira online antes do lançamento.

Os resultados da campanha foram: o número de fãs da página no Facebook do cantor aumentou em milhão, o livro ficou na lista dos mais vendidos por 19 semanas seguidas, em um mês o número de visitantes da página do Bing aumentou 11,7%, entrou na lista dos 10 sites mais visitados do mundo pela primeira vez e ganhou 1,1 bilhão de impressões na mídia.

Assista o vídeo abaixo e saiba mais sobre a ação feita pelo rapper Jay-Z e pela empresa Bing (em inglês):

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