Por Mateus Teófilo
No último dia de jogos do Campeonato Brasileiro de 2013, diversos veículos de comunicação mostraram ao mundo episódios lamentáveis em Joinville, nos quais membros de torcidas organizadas do Vasco e Atlético Paranaense entraram em confronto em briga generalizada. As cenas chocantes que aconteceram ali repercutiram no mundo todo e fizeram muitas pessoas se perguntarem o porquê de essas agremiações ainda existirem no Brasil.
Não há como negar que, de fato, as torcidas organizadas protagonizam brigas violentíssimas, além de atos de vandalismos nos estádios do Brasil e do mundo. Porém, a verdadeira questão a ser discutida é: a violência é o único propósito desses integrantes, ou será que a mídia, em geral, nos mostra apenas as atitudes de uma parcela?
Logo de cara, o torcedor que costuma frequentar estádios sentiria a falta das organizadas. Jogos em que há a ausência destas costumam ser mais silenciosos, sem a pressão e o apoio da massa para empurrar o time adiante. Mas sejamos mais profundos. A maior parte das torcidas organizadas sustentam projetos sociais em comunidades carentes. São inúmeros projetos que visam evitar que mais crianças e adolescentes entrem no caminho das drogas e dos crimes.
Além disso, algumas organizadas costumam criar ações com o objetivo de arrecadar dinheiro para ajudar algum membro da torcida (não necessariamente membro da agremiação) que passe por dificuldades. O caso mais recente é de uma torcida do Palmeiras, que levou um torcedor mirim para conhecer jogadores de futebol e basquete do clube, além de levantar dinheiro para pagar a cirurgia do menino.
Pelo fato de a mídia mostrar apenas o lado violento dessas agremiações, elas caíram em total descrédito com grande parte da população. Porém, é preciso uma pesquisa mais profunda para se saber os dois lados da moeda, a fim de que não julguemos erroneamente.
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