Eu nasci de um sonho: dar aos estudantes de Jornalismo mais prática durante a graduação. A partir de um TCC, me tornei realidade para todos os cursos de Comunicação da UnB. Com o tempo, mudei bastante. Você acredita que quase me chamei Capta? Já tive também algumas outras caras. Minha logo, lá em 2009, era laranja. O verde veio um pouco depois. O meu símbolo se relaciona com o meu nome: assim como um fato é inquestionável, a presença de um animal robusto — como um elefante —, em qualquer lugar, é incontestável e não dá para ser ignorada.
Manada. É assim que chamam meus elefantinhos, afinal, eles crescem juntos e têm espírito de equipe. Mas não é só isso: na maior parte da minha história, fui liderada por garotas, assim como as elefantes fêmeas lideram suas manadas. Dos 11 membros que foram presidentes, 8 eram mulheres. Tenho muito orgulho!
Em algumas épocas, tive 10 membros, em outras, cheguei a 40. Ao todo, foram 178 em nove anos. Gerações entrando e saindo, mas nunca me esqueci de nenhuma, pois foi isso que sempre ensinei para os meus elefantinhos: deixem sua marca e tenham passos de peso.
Inclusive, os nomes de todos eles estão gravados na minha parede, além dos cargos que assumiram quando estavam comigo. Tudo isso em uma árvore linda que fica ao lado de um grafite incrível (valeu Toys e Red Bull), o qual ganhei em 2014, depois de um concurso da Concentro. Te desafio a encontrar meu nome nessa arte, nem os membros o acham com facilidade. E aí, cê topa?
Já fiz muitos projetos, tanto pagos quanto gratuitos. Cobri eventos importantes, criei sites lindos, apresentei consultorias, entre tantos outros serviços. Também produzi textos e artes memoráveis e participei de ótimas reuniões com clientes. Isso sem falar nos inesquecíveis planejamentos! Meus membros se empolgam com qualquer conta que chegue, realizam todos os projetos com a mesma dedicação, pois mais importante que dar passos largos é dar passos de peso.
Às vezes, meus elefantinhos se reúnem longe da sala 636. Se encontram em cafés, bares ou até no Calaf. Não fico sentida quando fazem isso, pois estou sempre com eles. Principalmente nas tão aguardadas imersões, quando se juntam em um fim de semana inteiro para se conectar e dar o melhor de si. Nesses e em outros dias, escuto sempre “não vamos pensar na gente, vamos pensar na Facto”. Mal sabem que, quando pensam neles, pensam em mim também. Sinto cada abraço, cada choro, cada recorde batido, cada demanda cumprida. Sinto orgulho, transbordo.
São nove anos de história. Agradeço a todos que fizeram parte dela. Como meus elefantinhos sempre cantam, “o meu coração é da maior manada da nação: Facto!”. E o meu é todinho deles.
Texto por Erika Alexandre Arte por Giuliana Abade
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