Falar em público pode ser uma tarefa difícil para a maioria das pessoas. Gaguejar, tremer e esquecer falas importantes são alguns dos indícios do mau preparo de profissionais diante de veículos de comunicação. Nesse cenário, cresce a procura por cursos que desenvolvam habilidades no controle de situações embaraçosas. São os chamados media trainings, também conhecidos como treinamentos de mídia.
Esse tipo de preparo promove ganhos no relacionamento com os jornalistas, minimiza as consequências de crises, melhora a imagem da empresa e conscientiza os funcionários da necessidade de um planejamento de comunicação eficaz. Assim, os cursos procuram ensinar maneiras adequadas para guiar uma entrevista e também auxiliam na construção de discurso favorável à instituição. Além disso, existe uma parte prática que simula situações complicadas. Nela, os participantes são orientados a agir de maneira a não comprometer a imagem da corporação.
Empresas de vários ramos perceberam a importância desse tipo de curso para seus profissionais. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), as 100 maiores empresas brasileiras já fizeram treinamento de media training para algum membro. O treinamento é dado por jornalistas ou assessores, profissionais que conhecem as consequências que uma notícia negativa causa na imagem corporativa ou pessoal.
O investimento feito nesse tipo de formação pode chegar a 20 mil reais para um dia de curso. Ainda assim, os treinamentos têm uma procura grande. Empresas públicas se juntam às privadas na lista das investidoras na área, pois reconhecem na imprensa um dos melhores caminhos para divulgar sua marca. A procura por uma exposição positiva fez com que a Petrobras, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além de hospitais e partidos políticos inscrevessem seus funcionários nesse tipo de programa.
Por Carolina Pereira
Redatora
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