A educação é um dos pilares mais importantes da sociedade. Entretanto, em meio a um povo diversificado como o brasileiro, questiona-se a eficácia do modelo tradicional de educação predominante no país. Formas alternativas de ensino e aprendizagem se desenvolveram ao redor do mundo e, mesmo em lugares onde o ensino segue o mesmo que no Brasil, características diferentes podem ser percebidas.
A primeira escola pública dos Estados Unidos foi fundada em 1635, em Boston. Aos poucos, várias instituições começaram a funcionar pelo país e a educação domiciliar perdeu importância para a coletiva, devido à crescente popularidade dos estabelecimentos de ensino. Com o tempo, estabeleceram-se regras federais que abordam as escolas, sempre respeitando a autonomia dos estados. Na verdade, cada instituição passou a ter um poder considerável para tomar decisões, ao determinar grades curriculares, carga horária, atividades extras, provas e preferência de avaliação dos alunos.
Atualmente, mesmo com a independência das escolas, algumas características se tornaram comuns na maioria das instituições. Provas, por exemplo, são apenas umas das formas de avaliação dos alunos. Trabalhos, atividades, deveres e a postura dos estudantes podem compor notas finais. Em algumas escolas de Ensino Médio, os jovens têm a chance de escolher parte das matérias que irão cursar.
A maior parte das universidades americanas, por sua vez, baseiam a admissão em currículos de notas, matérias cursadas e atividades extracurriculares feitas pelos estudantes. No Brasil, o ingresso de novos alunos é determinado majoritariamente por vestibulares. O que os dois países têm em comum são determinados padrões seguidos no sistema educacional: aulas expositivas, matérias obrigatórias, testes e provas.
Por outro lado, instituições e métodos que se desviam do convencional existem. Em Lisboa, por exemplo, a Escola da Ponte não aplica provas e mistura alunos de várias idades na mesma turma, para que aprendam uns com os outros e cada um a seu tempo. Na Suécia, a escola Vittra trabalha sem notas e sem dividir classes físicas, de modo a incentivar a curiosidade, a interação e a autonomia de aprendizado nas crianças.
No Brasil, o número de escolas baseadas em metodologias menos convencionais é crescente. Exemplos espalhados pelo país são instituições ligadas ao método Montessori, o qual fundamenta o ensino na evolução da criança, à Pedagogia Waldorf, ligada ao desenvolvimento integrado e com equilíbrio da personalidade dos alunos e à Pedagogia Logosófica, voltada para uma formação consciente do indivíduo para a vida em sociedade.
A educação é feita e apresentada de diversas formas no mundo. Novas possibilidades existem e continuam surgindo em cenários distintos. A escolha do que mais se encaixa em cada realidade depende dos objetivos e percepções de cada um. E aí, já descobriu que método melhor funciona para você?
Arte por Raíssa Monnerat
Texto por Mariana Borges
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