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As três comparações

Muito se discute a respeito da atuação do assessor de comunicação. Embora sua importância seja indubitável, as questões em torno perpassam pelos mais diversos cenários: quem, afinal, precisa de um assessor de comunicação? O que exatamente ele faz? Posso contratar uma equipe esporadicamente ou tenho que ter uma fixa? O assessor vai inventar desculpas e justificativas para todas as falhas do assessorado? E, a ainda presente, quem é mais adequado, o jornalista ou o relações públicas?

Se pensadas de forma tão seca, as respostas dessas perguntas não conseguem traduzir a relevância desse profissional. Na verdade, é preciso considerar a existência da imprensa, e de uma imprensa livre, referência para um regime democrático, para então pensar na atuação do assessor de comunicação. É por haver exposição de pessoas e organizações ao julgamento público – ainda que alguns veículos de comunicação tenham comportamento questionável – que a presença de alguém capacitado para intermediar esse processo se faz essencial.

Para tentar elucidar o papel desse profissional, é válido destacar as três comparações profissionais que Nemércio Nogueira apresentou em Opinião Pública e Democracia – Desafios à Empresa, em 1987, se referindo ao que, na ocasião, ele chamou de trabalho de relações públicas. Antes de citá-las, é preciso evidenciar que, já naquela época, ele ressaltava a importância de esse profissional conhecer a comunicação como um todo, tendo noções das técnicas jornalísticas e também das ferramentas de RP.

Assim, a primeira comparação feita é a de que a atividade de relações é como a medicina preventiva, que visa evitar que um paciente venha a ser acometido por determinada doença. Nesse contexto, o comunicador tem por objetivo evitar que o assessorado (seja uma pessoa ou uma organização) tenha dificuldades em seu relacionamento com seus públicos.

A segunda comparação proposta pelo autor é entre RP e seguros. Segundo o autor, quem paga pelo serviço o faz na esperança de nunca sofrer uma situação crítica, que justifique o investimento feito. Da mesma maneira acontece com a comunicação. O assessorado paga porque sabe da necessidade de se prevenir, mas torce para nunca vivenciar uma situação em que precise recorrer aos serviços específicos de um momento de crise, por exemplo.

Já a terceira e última comparação trazida por Nemércio Nogueira é um paralelo entre um tribunal jurídico e a “corte” da opinião pública. Nesse caso, ele atribui o papel de promotor à imprensa, o de advogado de defesa ao profissional de RP, o de réu ao assessorado e o de juiz à opinião pública.

Ainda que essas três comparações não consigam responder todas as dúvidas a respeito da atuação do assessor de comunicação, elas já nos orientam para a percepção da profundidade e da seriedade exigidas na realização desse trabalho.

A melhor forma, porém, de compreender esse processo, é integrando uma equipe que compartilha dos mesmos objetivos que você: a excelência profissional.

A Facto te espera.

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