Cecília Meireles estava certa com o poema A bailarina afinal “Toda menina quer ser bailarina”. Não só as mulheres, mas todo mundo quer aprender a dançar. O balé clássico é uma ótima opção para quem busca saúde física, mental e muito divertimento!
Saltos, alongamentos e giros são alguns dos exercícios realizados perseverantemente nas aulas. Eles melhoram a coordenação motora, a resistência corporal e ainda corrigem a postura, deixando a musculatura mais sólida, flexível e articulada. Outro benefício é o esforço e a disciplina necessários para que os alunos possam se concentrar e memorizar os passos. Aposentada, Marcia Lima aos 69 anos confirma: “Já tem doze anos que eu faço balé. Faz bem para o corpo, para a alma, para a cabeça e para o equilíbrio. É maravilhoso!”.
Um estudo realizado pelo professor fisioterapeuta Tim Watson, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, comparou o desempenho dos membros da companhia de dança do Royal Ballet com a seleção olímpica britânica de natação. Dentre as dez qualidades avaliadas, os bailarinos se saíram melhor em sete delas: flexibilidade, força da empunhadura, salto em altura e à distância, porcentagem de gordura corporal e equilíbrio corporal e psicológico. Enquanto os nadadores se sobressaíram somente nos quesitos de: resistência, força nos músculos das coxas e índice de massa corporal. Concluindo assim que, o balé clássico traz mais benefícios à saúde em relação à natação, que sempre foi considerado como o esporte mais completo para o corpo.
Além de ganhos para o condicionamento físico, o balé ainda estimula a musicalidade e permite que os dançarinos possam criar coreografias e desenvolver o cérebro, melhorando noções de ritmo, bem como de espaço. Aos 72 anos, a professora de balé clássico Regina Maura, formada pela Escola de Dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, se orgulha de sua profissão: “O balé clássico é uma arte maior. Além de dançar, a bailarina precisa interpretar, trabalhar com música, cenário e iluminação; tem que saber um pouco de tudo.”
O balé é apresentado ao público de uma maneira muito similar aos espetáculos teatrais. Percebe-se a presença de um roteiro musical, muitas vezes adaptado de clássicos literários como Dom Quixote; Quebra Nozes; Copélia; Lago dos Cisnes etc. Cenários lúdicos, figurinos que personificam fantasiosamente os personagens e bailarinos atuando e se expressando para interpretar seus papeis. Dançar também é uma maneira de se comunicar e transmitir história, cultura, sentimentos e sensações. Isso é essencial para o desenvolvimento intelectual de quem dança.
Arte por João Galvão Texto por Geovanna Gravia
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