Facto Agência

10 de jan de 20142 min

Os 15 minutos de fama do jornalista

Por Ana Gabriela Braz

Toda profissão tem seu dia de glamour, de trajes elegantes e brindes com champanhe. É fundamental prestigiar e reconhecer o trabalho dos melhores profissionais do ano e não há melhor forma de fazê-lo do que premiando seus esforços. Em geral, as premiações se dão em forma de grandes eventos. O Oscar, por exemplo, contempla os melhores da cinematografia; para os cientistas, existe o Prêmio Nobel e, para os atletas, as Olimpíadas.

No jornalismo não é diferente. O Prêmio Pulitzer de Jornalismo foi criado em 1917, em homenagem a Joseph Pulitzer, jornalista húngaro-americano idealizador da premiação. Ele foi considerado um dos melhores editores de sua época e o primeiro a cobrar a existência de um curso específico para a área. O prêmio possui 14 categorias, dentre elas “melhor furo de notícia”, “melhor fotografia jornalística” e “melhor reportagem internacional”.

O evento é realizado pela Universidade de Columbia, em Nova York, e premia apenas publicações de jornais norte-americanos, sendo que seus autores podem ter outras nacionalidades. Dramaturgos, músicos e escritores também precisam ser norte-americanos para participar, exceto se suas obras se referirem à história dos Estados Unidos. Neste caso, podem se inscrever independente da nacionalidade.

Cartaz do 57º Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria Telejornalismo

No Brasil, dois prêmios se destacam: o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog. O primeiro é anual e de maior notoriedade, com 58 edições ininterruptas. Nele, 11 categorias são destinadas a trabalhos em mídia impressa. Além delas, existem outras duas: a de “melhor reportagem” e “melhor matéria telejornalística”. Além de um certificado, os vencedores ganham prêmios em dinheiro que chegam a 30 mil reais. O evento é realizado pela Esso Brasileira de Petróleo.

Já o Prêmio Vladimir Herzog foi nomeado em homenagem ao próprio jornalista, símbolo da liberdade de expressão e de imprensa durante a ditadura militar brasileira. Criado em 1978, o prêmio, durante os primeiros anos, permitia a participação de outros países da América Latina, pois, naquelas edições, nossos vizinhos também viviam sistemas ditatoriais e sofriam com a política opressora.

Prêmio Vladimir Herzog 2013

Após a redemocratização brasileira, as premiações se concentraram no âmbito nacional, porém permaneceram a responsabilidade social e o compromisso com os direitos humanos, características do prêmio. A premiação possui nove categorias que abrangem TV, rádio, internet e impresso. Ao contrário do Prêmio Esso, os ganhadores não recebem nenhuma quantia em dinheiro.

Mais que certificados, dinheiro, medalhas de ouro ou 15 minutos de fama, a maior motivação dos jornalistas é o reconhecimento profissional. A rotina corrida, as discussões de pauta e a busca pela fotografia perfeita são detalhes. A recompensa está no prestígio de fazer parte de acontecimentos que mudam a história. E claro, poder falar “Eu ganhei um Pulitzer”!

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